segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Palestra Controvérsias da Ciência: "Ciclos Cósmicos"

No passado dia 13 de dezembro, a Escola Secundária de Casquilhos teve a honra de receber o Dr. Carlos Augusto* como orador da palestra Controvérsias da Ciência: "Ciclos Cósmicos".

O evento foi organizado pela professora Marília Sobral, do Departamento de Matemática e Ciências Experimentais da ESC, e decorreu pelas 14h30 no Auditório da escola.

O Dr. Carlos Augusto veio falar sobre um tema que o apaixona e cujo estudo afirma ser um hobby pessoal: O terceiro movimento da Terra.

Enquanto para as civilizações modernas o tempo é um conceito linear, ou seja, representa um movimento num só sentido, as civilizações antigas não pensavam assim.

Civilizações completamente diferentes em variadas partes do mundo partilhavam a crença de que o tempo tem uma terceira dimensão, uma dimensão correspondente ao período que o eixo da Terra demora a percorrer todas as casas do zodíaco, ou seja, 26 mil anos. A este terceiro movimento, determinado pela inclinação do eixo da Terra, chama-se Precessão das Idades ou Precessão dos Equinócios.

Esta dimensão determinaria os aspetos qualitativos da vida na Terra e no final de cada ciclo de 26 mil anos haveria um novo começo, isto é, começaria uma nova Idade.
E aqui chegamos ao polémico “fim do mundo” supostamente vaticinado pelos Maias para 21 de dezembro de 2012.

Desenganem-se os nossos alunos que gostariam de não ter mais aulas este ano letivo, pois os Maias não previram o fim do mundo, mas sim o fim de um ciclo (ou Idade).

Esta data assinala o alinhamento da Terra e de outros planetas com o Sol com o centro da nossa galáxia no dia do solstício de inverno, uma conjunção de eventos que só acontece uma vez em cada 26 mil anos, e conhecida como o “Alinhamento Galáctico de 2012”, que marcaria a passagem da Quarta Idade (a nossa Era) para a Quinta Idade.

Tal como o Dr. Carlos Augusto realçou, não está em causa se é verdade ou não, ou mesmo se acreditamos ou não. O que é importante neste tema é a perceção de que os nossos antepassados, vivendo em civilizações completamente independentes e geograficamente afastadas umas das outras, partilhavam uma interpretação comum da vida na Terra!

O Auditório da ESC encheu-se de jovens para ouvir o Dr. Carlos Augusto falar de um tema que nunca foi mais atual!

*Licenciado em Engenharia Física pelo Instituto Superior Técnico; doutorado pela Universidade Católica de Lovaina (KUL), Bélgica (1998). Autor de mais de 20 patentes, várias publicações, e apresentações em várias conferências sobre microeletrónica e sensores de imagem. Atualmente faz Investigação e Desenvolvimento em Microeletrónica e Sensores Eletrónicos de Imagem numa pequena empresa no Silicon Valley, Califórnia, EUA. 

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