"Diferentes culturas, diferentes ideias, os mesmos direitos humanos na voz dos alunos"
Chegou ao fim mais um exemplar projeto de educação para a cidadania.
Mais uma experiência realmente enriquecedora, conforme se pode comprovar no
texto escrito pelas alunas da ESC que estiveram na Turquia e que transcrevemos abaixo.
Apesar de muito cansativa, principalmente pelas grandes deslocações que
fizeram parte do plano, o balanço é extremamente positivo
e ficará para sempre na memória.

Neste encontro participaram as professoras Isabel Lopes (coordenadora do projeto) e Cristina Ramalho, e as alunas Beatriz Alves (12º A), Catarina Viegas (12º B), Joana Porta Nova e Mariana Lopes (9º F):


Veja o vídeo com os melhores momentos aqui!
A Turquia é um local onde são predominantes as diferenças com o nosso país, por isso
quisemos absorver e aprender tudo quanto conseguíssemos com esta cultura, em vez de a julgarmos. Istambul foi a nossa primeira paragem e podemos dizer que é uma cidade absolutamente fantástica, da qual destacamos as majestosas mesquitas. O tempo por lá passou a correr, e à medida que passava, aumentava a ansiedade para chegarmos a Şanlıurfa e conhecermos as famílias que nos iam acolher. Dia 27 lá chegámos e na altura o nervosismo predominava, no entanto o entusiasmo com que as famílias nos receberam tranquilizou-nos e deixou antecipar o quão fantástica seria esta experiência.
A Turquia é um local onde são predominantes as diferenças com o nosso país, por isso
quisemos absorver e aprender tudo quanto conseguíssemos com esta cultura, em vez de a julgarmos. Istambul foi a nossa primeira paragem e podemos dizer que é uma cidade absolutamente fantástica, da qual destacamos as majestosas mesquitas. O tempo por lá passou a correr, e à medida que passava, aumentava a ansiedade para chegarmos a Şanlıurfa e conhecermos as famílias que nos iam acolher. Dia 27 lá chegámos e na altura o nervosismo predominava, no entanto o entusiasmo com que as famílias nos receberam tranquilizou-nos e deixou antecipar o quão fantástica seria esta experiência.
A comunicação quer com as famílias acolhedoras quer com os outros alunos participantes não era a melhor, mas não foram precisas muitas palavras para serem criadas grandes amizades. E estas amizades são a prova de que o idioma não tem que ser um obstáculo entre os diferentes países, as diferentes culturas.
Todos nós achamos que os portugueses são bons hospedeiros e somos, porém não nos conseguimos comparar à hospitalidade dos turcos. Nunca na vida nos tinham recebido tão bem. A cada instante a nossa família turca ou até os próprios alunos turcos nos perguntavam se precisávamos de alguma coisa, se havia algo em que pudessem ser úteis e foram várias as situações em que prescindiram do seu conforto em prol do nosso.
É importante frisar que esta foi a última deslocação deste projeto.
Ao longo de dois anos foram trabalhadas temáticas relacionadas com os direitos humanos, incidindo este último ano especialmente na desigualdade de género. Este tema foi trabalhado de uma forma inovadora. Foram criadas histórias envolvendo escrita criativa com a participação de alunos de todos os países (Itália, Polónia, Portugal e Turquia) que retratam diferentes cenários onde a desigualdade entre rapazes e raparigas, homens e mulheres, em vários contextos, é evidente. Todas as histórias foram escritas em Inglês, o que permitiu a todos os envolvidos melhorar as suas competências escritas nesta língua. Estas histórias deram origem a um pequeno livro com o nome “Stories on Children’s Rights and Gender Equality” que foi editado e impresso pelo Presidente do Conselho Escolar da Escola Italiana, que ofereceu posteriormente alguns exemplares aos coordenadores de cada país responsáveis pelo projecto.
Uma vez na Turquia, estas histórias deram origem a uma pequena peça de teatro que representámos em conjunto com os nossos colegas italianos e turcos, com o objetivo de, mais uma vez, fazer passar a mensagem de que devemos lutar pelos direitos de todos, assim como pela igualdade. Com estas actividades, assim como com toda a experiência, aprendemos a confiar mais nos outros, aprendemos a partilhar, aprendemos a superar as adversidades, aprendemos a ajudar mais e aprendemos a criar laços com mais facilidade. Aprendemos também a fazer algo que hoje em dia se revela tão difícil, aprendemos a trabalhar em equipa. Esta experiência fez de nós pessoas mais autónomas e seguras.
Uma vez na Turquia, estas histórias deram origem a uma pequena peça de teatro que representámos em conjunto com os nossos colegas italianos e turcos, com o objetivo de, mais uma vez, fazer passar a mensagem de que devemos lutar pelos direitos de todos, assim como pela igualdade. Com estas actividades, assim como com toda a experiência, aprendemos a confiar mais nos outros, aprendemos a partilhar, aprendemos a superar as adversidades, aprendemos a ajudar mais e aprendemos a criar laços com mais facilidade. Aprendemos também a fazer algo que hoje em dia se revela tão difícil, aprendemos a trabalhar em equipa. Esta experiência fez de nós pessoas mais autónomas e seguras.
Houve ainda tempo para visitas aos principais locais da região, nomeadamente ao monumento arqueológico
“Göbeklitepe”, ao famoso Lago dos peixes de Urfa “Balıklıgöl”, assistir ao por do Sol no “Mount Nemrut”, além de visitas às localidades de Mardin, Midyat e Hasankeyf. No último dia, uma receção pelo governador regional de educação, deu-nos uma perspectiva da enorme dimensão da região com mais de dezassete mil escolas e cerca de vinte milhões de habitantes. O nosso último dia em Şanlıurfa foi triste, pois apesar de termos saudades da nossa família e do nosso país, estava a custar-nos abandonar a cidade e as pessoas que nos acolheram tão calorosamente. Deste encontro ficará para sempre a imagem de um povo de uma hospitalidade inexcedível, que nos recebeu de braços e coração abertos. Ficou prometido entre nós, os participantes desta última mobilidade do projecto Comenius “Different cultures same rights,” que faríamos de tudo para um dia voltar. E se não for possível voltar à maravilhosa Turquia, então que nos voltemos a encontrar noutro sítio, o importante é que mantenhamos este espirito de felicidade e companheirismo e que acima de tudo consigamos passar a mensagem que mesmo sendo todos diferentes podemos ser todos iguais. 
Beatriz Alves (12ºA), Catarina Viegas (12ºB), Joana Porta Nova e Mariana Lopes (9ºF)
acompanhadas pelas professoras Isabel Lopes e Cristina Ramalho
Escola Secundária de Casquilhos em Sanliurfa na Turquia
“Projeto financiado pela Comissão Europeia. A informação contida nesta publicação (comunicação) vincula exclusivamente o autor, não sendo a Comissão responsável pela utilização que dela possa ser feita.”
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